Foto Tiago Tambelli
Foto Tiago Tambelli
Foto Amanda Perobeli
Foto Tiago Tambelli
Programa
Nós acreditamos que podemos transformar a sociedade atendendo as pessoas em situação de vulnerabilidade com Teto, Trampo e Tratamento para reduzir danos.
O objetivo deste programa é proporcionar uma vida melhor para pessoas em situação de vulnerabilidade, dependentes químicos, sem moradia, sem trabalho, sem atendimento e reféns de uma política higienista equivocada, que se utiliza de abordagens violentas e tem privilegiado a especulação imobiliária na região da Luz, em detrimento à vida.
Nós atendemos, acolhemos e as tratamos essas pessoas como seres humanos.
E queremos que isso se torne política pública para transformar essa realidade tão cruel e desnecessária.
Vem com a gente!
Teto - O "território" que a pessoa ocupa no mundo é fundamental para a noção de individualidade, que é a base para a auto-estima.
Housing First é o termo adotado nos países como Canadá. Aqui, é Teto.
Trampo - Ter atividades, se sentir útil, produzir, ter a capacidade de gerar renda e se auto-sustentar é o que proporciona a alavanca para uma pessoa se reerguer e ser capaz de buscar e manter um tratamento.
O Tratamento através da Redução de Danos tem como princípios o atendimento, o acolhimento e a abordagem individualizada.
Nossos parceiros e co-criadores
Estas pessoas, organizações, coletivos e empresas ajudam o projeto Teto, Trampo, Tratamento a se consolidar e virar política pública:
@flaviofalcone
@andreamacera_
@babafilev
@dartiu
@atilafc
@tamaranedercollier
@coletivotemsentimento
@paulestinos
@teatrodeconteiner
@ciamugunzadeteatro
@cia.pessoaldofaroeste
@birico.arte
@tiagotambelli
@ruiagmiranda
@teatrodamafalda
Teto
Primeiro, um Teto. Essa é a necessidade básica de todo ser humano.
Em situação de vulnerabilidade, essa condição se torna fundamental.
Por isso, no Programa Teto Trampo Tratamento, será disponibilizado um quarto de pensão e ajuda de custo mensal no valor de meio salário mínimo para cada atendido, pelo período de 4 (quatro) meses.
Tendo um "território" para garantir sua individualidade, cada atendido passa a ter acesso a possibilidades de Trampo e Tratamento, de forma complementar e integrada.
Este trecho da matéria publicada pelo site Politize, esclarece alguns aspectos importantes sobre a questão Teto.
"Até os anos 1980, vistas como indigentes e culpadas pela própria condição, as pessoas em situação de rua não contavam com nenhuma lei que lhes garantisse ao menos alguns direitos. Tal cenário era global e a temática não fazia parte das pautas de políticas públicas nem mesmo nos países ditos desenvolvidos. Na década seguinte, enfim, nosso país começou a discuti-la e encaminhar mais recursos públicos para abrigos e casas de reabilitação.
Já nos anos 2000, o debate passou a ter maior presença na esfera pública, por meio da promoção de encontros nacionais e da ampliação de leis de proteção, com a inclusão do assunto nas discussões políticas de assistência social. Destaca-se a presença do tópico na Política Nacional de Assistência Social (PNAS) e no artigo 23 da Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS). Outro exemplo que vale ressaltar é a realização da primeira e única Pesquisa Nacional no Brasil em 2008, responsável por levantar dados demográficos e socioeconômicos.
Apesar da discussão ter ganhado força no final do século XX, muito pouco se falava em de fato acabar com a problemática, no Brasil e no mundo. A ideia de trazer iniciativas que não apenas amenizassem, mas sim solucionassem a situação surgiu com o psicólogo Sam Tsemberis da ONG norte-americana “Pathways to Housing”. Suas ideias culminaram na criação de um método que virou política pública, o “Housing First”, cuja tradução pode ser “habitação em primeiro lugar”.
Como o nome já diz, ele entende a moradia como a primeira etapa do processo de intervenção. Ou seja, inverte-se a ordem usual de assistência, priorizando, antes de tudo, alocar as pessoas em situação de rua em uma casa individualizada. A ideia é gerar oportunidades de integração comunitária, além de melhorias na saúde física e mental através da estabilidade trazida pela moradia. Até então, a ida para casa era a última etapa de longos e ineficientes processos de tratamento, que não levavam em conta a autonomia do indivíduo e deixavam de romper barreiras simples e importantes para a entrada no mercado de trabalho".
A martéria completa pode ser acessada clicando neste link.
Trampo
Trabalho é fator estruturante para todo indivíduo. Por isso, o Programa garante Trampo e remuneração justa. Através da parceria com o Coletivo Tem Sentimento, mulheres cis e trans tem acesso a oficinas e cursos para poderem trabalhar e gerar suas próprias rendas.
O Programa foca nas mulheres porque elas estão numa situação de muita violência e desamparo, sendo vítimas de outros moradores de rua, além de seus próprios companheiros.
Outra atividade é a RÁDIO KAWEX, que conta com músicos contratados, dá voz para artistas da região e traz entrevistas com convidados mais que especiais.
Todas as terças-feiras, às 20h, a rádio está no ar!
A Rádio que não toca no Castelo de Frozen.
Arte de Tara Tayx
Direção de arte @atilafc | Arte flyer: @taratayx
Foto: @satobrasil, tratamento Zito, lambe @paulestinos
O Coletivo Tem Sentimento é fundamentado pela pluralidade de sentimentos que envolvem a nossa relação com o mundo, com
o outro, com a rua e com nós mesmos, considerando a raiva, a revolta, a saudade do que não se tem, e também quase que principalmente, o amor.
Criado por Carmen Lopes em 2016 e desde então, vem fazendo um trabalho que reconhece e considera todas as complexidades que envolvem as vulnerabilidades de quem vive na rua, especificamente na região da Cracolândia.
Hoje, o Coletivo desenvolve um projeto de geração de renda com e para mulheres cis e trans que vivem nos arredores da Cracolândia, através de uma oficina de moda. Essas mulheres produzem e são remuneradas, para que a partir de um processo
de autonomia financeira, possam ter condições de tomar as escolhas e caminhos que elas decidirem. Essas mesmas mulheres atendidas, também cumprem um papel de atender outras pessoas, com outras vulnerabilidades, dentro das ações sociais que
o Coletivo desenvolve, como na entrega de marmitas, de kits de higiene, de máscaras ou de alimentos.
RÁDIO KAWEX
A Rádio que não toca no castelo de Frozen é uma atividade permanente e periódica que oferece trampo para músicos como Artur Gomes e MC Nego Bala, e dá voz para artistas de região. Sim, nas ruas da Cracolândia existem muitos artistas que a grande mídia prefere não ver. Aqui eles aparecem, tem vez e tem voz.
O nome da Rádio é uma homenagem a Antonio Carlos do Nascimento, uma das vozes do fluxo, que chegou a ser chamado de Sabotage da Cracolândia, que nos deixou recentemente. KAWEX é um anagrama de KOMBAT ARGUMENT WAR EXTREME.
Na programação, além dos artistas da região, ativistas e politizados em geral são convidados para entrevistas e tem espaço para se manifestarem livremente.
Sintonize no canal @cia.pessoaldofaroeste no Instagram, todas as terças-feiras, 20h.
Tratamento
O Tratamento, dentro do conceito de redução de danos, consiste em um repertório de cuidado, constituído de um conjunto de estratégias singulares e coletivas voltadas para as pessoas que usam, abusam ou dependem de drogas.
Como premisssa, o acolhimento independentemente de qualquer condição abre as portas para que cada atendido seja cuidado de forma individualizada e com acompanhamento regular.
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Os participantes do projeto receberão visitas frequentes de médico, arte terapeutas, redutores de danos e enfermeiras. Durante o processo será desenvolvido um Projeto Terapêutico individual, que será realizado com a retaguarda e parceria com o PROAD/UNIFESP, onde reuniões gerais serão realizadas para a discussão de casos individuais.
Reduza Danos
Colabore com o Programa Teto Trampo Tratamento:
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2 - Faça uma doação:
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- seja voluntário no trabalho presencial na região
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- doe cestas básicas
- doe água
- doe máscaras PFF2
- doe produtos de higiene e limpeza
3 - Cobre seus vereadores, prefeito e governador, deputados e senadores para que incentivem e aprovem pautas de redução de danos nas políticas públicas.
